27.3.06

"Era uma vez um arrastão"


Assisti hoje a uma Aula Aberta na Escola Superior de Educação de Leiria, cujo tema era o Arrastão que, supostamente, se realizou no dia 10 de Junho do ano passado na praia de Carcavelos.

A oradora, Diana Andringa, uma ex-jornalista, apresentou um pequeno filme chamado "Era uma vez um arrastão" (disponível em
http://www.eraumavezumarrastao.net/), realizado por ela, em conjunto com outras pessoas, entre elas o presidente da Associação SOSRacismo. Neste vídeo são mostradas parte das reportagens que abriram os telejornais nesse dia e manchetes de alguns jornais nacionais no dia seguinte. Este filme inclui comentários de sociólogos, criminólogos, jornalistas, deputados, etc. Diana Andringa desmonta o arrastão e explica que este não existiu, que o que aconteceu foi uma série de acontecimentos isolados, erradamente encadeados.

Entre outras coisas, e depois de visto o vídeo, a ex-jornalista explicou o que se passou com os jovens negros e que foi mostrado nas imagens. Vou tentar resumir o que percebi da teoria de Diana Andringa sobre o suposto arrastão (mesmo sabendo que não será tão bem resumido porque falou de tanta coisa e tão bem…).

No dia 10 de Junho de 2005, feriado e dia de imenso calor, alguns jovens (negros, por acaso) decidiram ir até à praia de Carcavelos. Ao vê-los chegar, o dono de um dos bares desta praia liga à polícia a informar que um enorme grupo de jovens de cor negra (cerca de 500) estava a chegar à praia. A polícia chega à praia e entra pelo local onde estavam esses jovens, disparando (segundo parece) tiros para o ar. Como qualquer pessoa normal estes fogem na direcção oposta à dos tiros, onde estão os “brancos”. São efectivamente algumas pessoas assaltadas (nada mais que o normal naquela praia naquela altura do ano) e alguns negros são agredidos pelos polícias (porque será que foram só negros?). Daí as imagens de alguns jovens de cor negra a correr na
praia (estavam a fugir dos policias) e a imagem, tantas vezes repetida, de um homem a agredir uma senhora negra (?), que não está ligada ao arrastão: ao que parece estes dois cidadãos tiveram uma discussão e exaltaram-se, e essa famosa imagem foi usada como tendo sido uma tentativa de assalto/agressão desses jovens negros.

Não houve, efectivamente, nenhum arrastão nem se juntaram 500 jovens negros na praia…

De facto, só quem esteve na Aula Aberta e ouviu Diana Andringa falar é que percebeu a dimensão e consequências deste erro jornalístico (nunca admitido) e desmentido/desmontado apenas pelo jornal “A Capital” e pelo Comandante do Metropolitano de Lisboa, a quem, para desmentir a noticia do arrastão nenhum meio de comunicação deu tempo de antena.

É de pensar este suposto arrastão… Porque o criaram… As consequências que teve na sociedade… O aumento do racismo… O aumento da exclusão social…

Tudo isto porquê? Porque os meios de comunicação não pensaram antes de publicar e nós, simples cidadãos decidimos acreditar no que nos disseram sem o pôr em causa…


Um beijo..

22.3.06

Dia Internacional da Água


Em 1992 a Assembleia Geral das Nações Unidas decretou 22 de Março como o Dia Internacional da Água. Anualmente comemora-se este dia e, através de campanhas publicitárias, tenta-se sensibilizar a população para o enorme problema que é a falta de água... Infelizmente parece que não chega...

As pessoas continuam a desperdiçar água, sem se aperceber que a nossa "reserva" de água está a diminuir a olhos vistos...

Podemos poupar de muitas maneiras... No banho: Parar a água enquanto colocamos shampoo e gel duche; Na cozinha, usar a água dos legumes para regar as plantas, lavar a loiça numa bacia, sem ser em água corrente; Lavagem de roupa: Utilizar a máquina apenas em carga máxima; a Lavar os dentes: fechar a torneira enquanto escovamos... Etc, etc...

Há tantas coisas que podemos fazer que acho que se todos nos esforçarmos um pouco a água "consumível" do nosso planeta irá durar mais tempo...

Vamos fazer um esforço?! ;-)

Um beijo..

16.3.06

Publicidades...

Isto fazem cada anúncio publicitário que até me espanta...

Mas ao menos alguém responde e "faz alguma coisa"...

Há uns tempos apareceu na rádio uma publicidade da Media Market que tinha umas frases deste género: " Que estúpida, que parva, que otária, etc, etc" ( e mais uma data de parvoices desse género...) e depois no fim, uma voz dizia "Parvo é quem perder isto!"...

E pensava eu... "Mas quem são eles para dizerem que eu sou parva só porque não vou a uma porcaria de uma inauguração de uma loja?"...


Pensava cá para comigo porque não podia fazer nada para impedir tal parvoice...

Até que um dia leio, também numa publicidade, mas desta vez da concorrência "Parvo é quem anda a chamar parvo ao portugueses!!"!!! E penso "Finalmente!!!"

E passado uns tempos a Media Market contra-ataca e diz, também numa publicidade, "Parvo é quem não baixa os preços!" ou qualquer coisa assim...

A verdade é que não me lembro realmente do que dizia porque achei que a Media Market devia ter um bocadinho de cabeça e pensar por si própria e não nos publicitários que lhes propuseram tal campanha... Então andamos a ensinar às ciancinhas que não se chama nomes às pessoas e uma empresa faz uma campanha a insultar os portugueses só porque eles não vão às suas lojas e às inaugurações??

Assim é que não vou lá mesmo! Olha que esta, hein?

Um beijo..

2.3.06

A "Brigadita"


Este país tem muitas coisas estranhas, mas há delas que me fazem rir, rir muito!!

Vou contar-vos uma!!

Ia eu a conduzir na minha bela terra lá no Norte/Centro do país, numa zona em que a velocidade máxima permitida é 50km/h, onde os condutores raramente cumprem o limite, visto que saímos de um IP em que a velocidade máxima é de 120km/h e temos de a reduzir para 50km/h, quando à minha frente aparece um carro a cumprir a velocidade...

Penso eu para comigo "Olha-me para este aqui a pisar ovos...", ponho a mudança correcta... preparo-me para o ultrapassar... quando já estou ao lado dele deparo-me com....

UM JIPE DA GNR!!

E lá vou eu como o outro a 50km/h (nada que não fosse a minha obrigação claro!), e vejo mais 2 espertos como eu a ultrapassar-nos (agora já eramos dois atrás do jipe!) e a pararem e ficarem ao nosso lado mal viram o jipe da GNR (ficámos então 4 atrás e ao lado do Jipe), e mais 2 ou 3 surgiram atrás de nós e ficaram...

Foi uma festa divertida, mas que me fez constatar uma coisa (que provavelmente muita gente antes de mim já constatou!) que já se devia fazer há muito tempo... Basta andar um carro da Policia a passear onde quer que seja, que toda a gente cumpre as regras, e assim, evitar-se-iam muitos acidentes.

Eu prometo que no futuro vou tentar passar naquele local a 50km/, mesmo que a "Brigadita" não esteja por lá!!

Um beijo..